Trotskismos

O livro Trotskismos, de Daniel Bensaïd, ganhou uma edição brasileira pelo trabalho da pequena casa editorial Plebeu Gabinete de Leitura. A tradução é de Sergio Vitorino e o prefácio assinado por Michael Löwy, camarada-parceiro de Bensaïd por muitos anos. Como Löwy explica no texto de apresentação, “este livrinho, publicado pela prestigiada Coleção Enciclopédica ‘Que sais-je?, da editora Presses Universitaires de Frane, é tudo menos um trabalho acadêmico. Não só porque tem poucas notas de rodapé, e nenhuma pretensão de ‘neutralidade científica’, mas, sobretudo, porque seu autor é participante direto da história que escreve, enquanto militante e quadro de uma das principais correntes do trotskismo internacional: a que se identifica com o assim chamado (desde 1963) ‘Secretariado Unificado’, que teve em Ernest Mandel seu mais conhecido teórico e dirigente.

Por outro lado, o livro tampouco corresponde a um outro modelo bastante comum nas histórias do trotskismo: a historiografia ‘fracional’ ou sectária, que consiste na celebração acrítica e doutrinária das teses de uma das várias correntes ou seitas que se reclamam da herança de Lev Davidovitch e na denúncia de todas as outras como ‘traidoras’, ‘revisionistas’ ou ‘liquidacionistas’. A principal característica deste tipo de narrativa histórica unilateral é a pretensão do grupo em questão à infalibilidade: erros nunca foram cometidos, o partido sempre teve razão e seus chefes nunca se enganaram. Amém!” (Michael Löwy, prefácio)

Fonte: prefácio de Michael Löwy à edição brasileira

Ficha técnica
Título: Trotskismos
Autoria: Daniel Bensaïd
Tradução: Sergio Vitorino
Editora: Plebeu Gabinete de Leitura
Ano da publicação: 2019
Páginas: 132
Preço: R$ 30,00

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